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Tradução de Jeff Satur para a Revista Men's Folio Malásia


Com vocais amanteigados, traços de príncipe e a caligrafia de um poeta apaixonado, Jeff Satur irá cantar o caminho para seu coração - uma história de cada vez.


O que faz uma boa história? E o que faz um bom contador de história? Para o prodígio da música Jeff Worakamol Satur, essas duas questões o mantiveram de pé pela última década, alimentando seu destemido desejo de saber, amar e mostrar seu 'eu' mais autêntico para o mundo.


Magnético na aparência, no som e na habilidade, Jeff conseguiu se aventurar em múltiplos gêneros musicais — e tocar vários instrumentos — sem perder sua assinatura, sua música aveludada. Enquanto ele disparava para a fama, interpretando Kim na série de TV 'KinnPorsche: The Series' em 2022, Jeff cantando a trilha sonora "Why Don’t You Stay" converteu vários espectadores em fãs em tempo integral (ou SATURDAYSS). Eles estão viciados em seu vocal amanteigado — que não apenas canta de forma eloquente e evocativa em tailandês, inglês e chinês — mas Jeff é a pessoa que produz e escreve as histórias nessas tracks.


Com descendência chinesa, indiana e italiana, não é de se surpreender que o nativo de Phuket navegue pela expressão e interação nesses idiomas tão diferentes sem perder suas nuances. É a abertura para abraçar a diversidade em culturas e ideias que fazem sua quantidade de fãs crescerem em todos os cantos do mundo.


Desde começar seu próprio estúdio — Studio On Saturn — no fim de 2022, Jeff tem realizado shows por toda a região, mais recentemente completando sua turnê ‘Space Shuttle No. 8 Asia Tour’ em Abril para comemorar o lançamento de seu primeiro álbum completo. Sua presença em programas musicais chineses como o: Call Me By Fire Temporada 3’ e, mais recentemente, ‘Chuang Asia: Thailand’ (Traduzido na íntegra pela Saturdayss Brasil ‘link’) — um spin-off de um reality show de sobrevivência de ídolos tailandeses baseado na franquia Chuang na China — também atraiu fãs de uma nova maneira. Sua influência sobre tanto os veteranos quanto os novatos na indústria musical é um testemunho do seu encanto penetrante que transcende idade e gênero.


Então tem seu ‘relacionamento’ com Valentino, que atinge um ponto culminante nas visuais que acompanham esta entrevista — cada parte incentivando uma à outra em sua corajosa busca por novas e criativas fronteiras.


Camisa, jeans, tudo Valentino.
Camisa e jeans, Valentino.

E isso não é tudo. Ainda tem muito mais poder que Jeff pode explorar das histórias — que comunica e entretém sem limites de tempo e espaço, e decididamente se tornaram um grande propósito que ele está trabalhando para cumprir. Da música, telões e finalmente o horizonte, 'Men’s Folio' senta-se com o artista prodigio para descobrir o que o faz funcionar e talvez com que tipo de história ele nos encantaria a seguir.


MEN'S FOLIO: Oi Jeff, Como vai?

JEFF SATUR: Eu tenho estado muito bem. Na verdade, fantástico.


MEN'S FOLIO: Nós notamos que você disse adeus ao seu cabelo, que era sua marca registrada. Por que você decidiu cortar?

JEFF SATUR: Eu precisei mudar meu corte de cabelo para um filme que estava gravando. Também precisei mudar muitas outras coisas sobre mim, incluindo como falava, reagia e me movia — muita coisa, então precisei participar de vários 'workshops' Pensei que mudar minha imagem me ajudaria e ficar mais imerso no papel.


Camisa polo, calças, tudo Valentino; Sapatos, Valentino Garavani; Anéis, brincos, tudo Cartier.

MEN'S FOLIO: Parabéns por completar a turnê ‘Space Shuttle No.8 Asia’! Você mencionou anteriormente que fazer uma turnê solo era seu sonho mais antigo — agora que você alcançou carreira solo e a tour acabou, como você está se sentindo?

JEFF SATUR: É uma sensação bem estranha — Eu quero fazer mais e mais. Eu quero uma turnê maior e escrever mais músicas. É um sentimento estranho para mim. É mais divertido agora para mim, especialmente depois que eu alcancei [os sonhos]. É como se o fim de um sonho conduzisse para o começo de outro.


MEN'S FOLIO: O que é algo novo sobre você como um artista ou pessoa que você aprendeu saindo em turnê? Parece ser bem cansativo, mas vendo todo o suporte (de artistas convidados ou amigos próximos que compareceram) deve ter sido bem empoderador também.

JEFF SATUR: O que eu aprendi ao longo do meu caminho foi ser presente para a audiência. Eles oferecem tantas experiências e aprendizados diferentes em cada lugar. O show nunca é o mesmo, ainda que o repertório e estrutura sejam. Tudo é diferente. Para mim, eu gosto de estar com eles; Eu dou tudo de mim e mergulho no momento com meus fãs. Aproveitar o momento sem um roteiro me incentivou a melhorar como artista, e eu acredito que também me tornou um ser humano melhor.


MEN'S FOLIO: Nós precisamos falar sobre sua primeira experiência de mentoria na tela no Chuang Ásia, especialmente após aquela performance de “Dum Dum (link da performance). Como foi orientar tantos aspirantes a artistas de uma só vez?

JEFF SATUR: Guiar e mentorar novos artistas é um sonho que eu só recentemente percebi ter. Significa muito estar lá, orientar e assistir esses artistas onde estão agora, fazendo coisas que antes não podiam. Sinto tantas emoções. Estou tão orgulhoso.


Tem tantas coisas na indústria que podem te machucar no caminho. Embora eu não saiba tudo, espero que minhas experiências de carreira possam, de alguma forma, ser úteis para elas em suas jornadas. Espero que com minhas histórias, elas possam ultrapassar limites e evitar armadilhas que possam encontrar pelo caminho.


Eu espero que elas possam se tornar, não somente grandes artistas, mas também, seres humanos melhores, que continuem positivas na indústria e que possa criar e se encontrar no caminho.


Jaqueta, camisa, jeans, tudo Valentino; Bolsa, Valentino Garavani.

MEN'S FOLIO: Esta experiência ajudou você a refletir — de alguma forma — sobre sua carreira de artista até agora? Olhando para trás, há algo que você faria diferente?

JEFF SATUR: Me recordo da minha infância. Era uma época em que eu tinha tanta paixão pela música, e ver toda aquela paixão intensa nelas me trouxe de volta àquele tempo. Isso me revigorou.


Eu não mudaria nada porque eu amo as coisas do jeito que estão agora. Mudar o passado significa mudar o presente e eu amo onde eu estou e o que estou fazendo agora.


MEN'S FOLIO: Qual você acha que é a característica mais importante que qualquer artista e aspirante à performer deve ter?

JEFF SATUR: Todo artista é diferente, mas todos artistas devem tentar ser eles mesmos. Para mim, quero ser eu de verdade, ser capaz de descobrir minha própria direção, criar mei próprio trabalho, e ser corajoso o suficiente para mostrar ao mundo.


MEN'S FOLIO: E em relação a uma música? Todos gostam de perguntar sobre suas opiniões sobre música porque seu toque pessoal está presente em todo o processo criativo da sua música — desde a criação da melodia, a escrita das letras até a performance final. Qual é a sua definição de uma boa música?

JEFF SATUR: “Boa” é uma palavra subjetiva, e uma boa música, para mim, significa algo diferente. Você pode amar jazz, você pode amar metal. Contanto que você esteja satisfeito com o que você lançou, seja capaz de ouvir de novo e de novo e ainda gostar daquilo após 10 anos, isso define uma boa música.

Independente da forma, boas músicas devem sempre capturar a essência da história, os sentimentos ou quem o artista é em sua essência.


Jaqueta, calça, tudo Valentino; Bolsa, Valentino Garavani.

MEN'S FOLIO: Alguma música existente vem à mente? Seja uma da qual você se orgulha ou uma de um artista que você admira.

JEFF SATUR: A primeira música que me vem à mente é “Endless Rain” do Yoshiki Hayashi (link da música). Não tenho certeza se ele escreveu quando a mãe ou o pai faleceu. Mas é uma música escrita com muita emoção e claramente mostra seu estilo musical. É muito Yoshiki.


Tenho muitas músicas das quais tenho orgulho — na verdade, todas as músicas. Mas se tivesse de escolher uma, seria: “Dum Dum”. Eu tinha muitos sentimentos ruins presos dentro de mim quando a escrevi e eu realmente queria liberar aquela toxicidade de dentro. Soa tão raivoso quanto eu me sentia quando a escrevi, então a escutei e senti que aquela raiva me deixava satisfeito. Acho que escrevi de maneira honesta e sincera, fiel às minhas emoções naquela época.


MEN'S FOLIO: Na sua entrevista anterior conosco, você falou sobre os diferentes encantos (e desafios) de escrever letras em tailandês e em inglês. Seu álbum de estreia tem tanto músicas originais em inglês quanto traduções em inglês de suas músicas tailandesas — de qual história ou letras específicas você mais se orgulha de ter criado, e por quê?

JEFF SATUR: Como eu disse, amo e me orgulho de todas as minhas músicas. Mas se eu tivesse que escolher uma, seria "Black Tie". Nessa faixa, tive que reviver muitas memórias e sentimentos. Honestamente, mesmo aos 29 anos, ainda me sinto como uma criança. Até hoje, ainda me dirijo a todos ao meu redor com "P" — como as pessoas na Tailândia mostram respeito por aqueles que são mais velhos — porque sinto que ainda tenho muito para crescer, e esse espírito de aprendizado ainda está vivo dentro de mim.


Quando criança, sempre me diziam para fazer isso e aquilo, aprender isso e estudar aquilo. Em retrospectiva, aqueles que acabaram seguindo essas instruções, de alguma forma, acabaram todos iguais. Eu realmente não gosto disso. Não quero que todas essas regras e limites definam quem podemos ser, e quem eu poderia ser. É por isso que escolhi cantar sobre isso em "Black Tie", usando o conceito do terno para falar sobre romper essas barreiras, vinculando à liberdade e individualidade que a coleção da Valentino na época defendia e capacitava seus usuários a incorporar.


MEN'S FOLIO: Existem histórias que você pretende contar com seu próximo lançamento musical?

JEFF SATUR: É segredo. Você saberá quando tiver que saber.


Camisa polo, calças, tudo Valentino; Anéis, brincos, todos Cartier.

MEN'S FOLIO: Mais sobre seu amor pela narrativa — que parece ser um fio condutor comum que liga todas as obras criativas que você lançou até agora — o que você acha que faz uma boa história?

JEFF SATUR: Todas as histórias merecem ser contadas, mesmo aquelas sem um final feliz. O que faz uma história ser boa, é a maneira como você a conta. Capturar a essência ou o sentimento da história e transmiti-la aos ouvintes é mais importante. Sabe, é bom se os ouvintes puderem vivenciar a história com você.


MEN'S FOLIO: Você mencionou em uma entrevista que, se não fosse um artista hoje, seria um escritor. Hoje em dia, é difícil ter uma voz original, ainda assim a sua (tanto literal quanto figurativa) é bastante luminosa de sua própria maneira. Como você mantém essa voz apesar de todo o barulho?

JEFF SATUR: Eu não acho que uma voz original seja algo que possa ser criado. Uma voz original só pode vir de confiar nos seus instintos, ser honesto no seu trabalho e permanecer fiel aos seus sentimentos. Só então você pode criar um trabalho que te represente. Você nunca deve mentir para si mesmo.


E, mais importante, nunca perca a criança dentro de você. É ela quem está criando toda a arte, não você.


MEN'S FOLIO: Mais importante, como você descansa? Existem atividades (ou não atividades) que você gosta de fazer para retornar a si mesmo e descansar a voz?

JEFF SATUR: Na verdade, tenho muito tempo para descansar. Por outro lado, também não sinto que meu trabalho envolva "trabalhar". É também meu descanso. Claro, mesmo quando estou realmente de férias, tenho que pensar no trabalho. Mas não me importo; eu amo o que faço.


Se estamos falando de descanso físico, eu priorizo descansar a minha voz. Eu costumava cantar no meu tempo livre, mas tento não usá-la com tanta frequência agora para estar pronto quando realmente precisar cantar. Acho importante saber como controlar e usar minha voz da maneira certa.


Camisa, Valentino; Colar, Valentino Garavani.

MEN'S FOLIO: Para aqueles que estão descobrindo sua música hoje, você pode compilar uma introdução de três faixas da playlist de Jeff Satur e explicar por quê?

JEFF SATUR: “Dum Dum”, “Fade” e “Loop”. “Dum Dum” mostra meu lado mais sombrio porque é uma liberação de frustração e raiva acumuladas. “Fade” é mais romântica — mostra como eu experimento o amor e como sou em um relacionamento, e tento contar essa história de uma maneira mais emocional e evocativa. Então temos “Loop”, uma exploração mais introspectiva de quem eu sou. Ouvir essas três músicas dará uma boa ideia da amplitude da minha personalidade e estilo como artista.


MEN'S FOLIO: Nos últimos anos, você tem sido mais ousado com seu estilo. Como você descreveria seu relacionamento atual com a moda? Isso mudou ao longo dos anos?

JEFF SATUR: Acho que moda é sobre fazer o que você ama, vestir o que você ama e gostar do que vê no espelho. Toda manhã antes de sair, sinto que devo amar o que vejo no espelho — independente do que os outros pensam. Seu corpo é uma tela, e qualquer cor ou estampa que você escolher colocar em si mesmo naquele dia é uma forma de auto expressão que você deve desfrutar.

Com o passar dos anos, realmente me tornei mais confiante em experimentar coisas fora da minha zona de conforto. Eu costumava sentir medo de vestir certas coisas por conta do que os outros iriam pensar, mas não sou mais tímido. Estou quebrando um limite de cada vez.


MEN'S FOLIO: Quais valores de “Maison Valentino” o artista Jeff Satur incorpora?

JEFF SATUR: Acredito que eu e Valentino temos muitas coisas em comum. Fundamentalmente, nós incorporamos o ato de constante reinvenção e aproveitar o desafio de descobrir novos terrenos, e não há melhor expressão dessa química e espírito afim do que a trilha sonora que criei com e para Valentino. A marca é bastante sentimental e romântica, e meu trabalho não se afasta muito dessas sensibilidades — especialmente se você ouvir as três faixas que mencionei anteriormente. Um tipo valente de coragem persiste ao longo delas, e sinto que isso combina bem com o que Valentino representa como marca.


Camisa, calça, tudo Valentino.

MEN'S FOLIO: Qual é o próximo passo para você? Veremos Jeff Satur, o ator, novamente em breve?

JEFF SATUR: Sem dúvida. Na verdade, cada vez mais o ator Jeff Satur é uma parte importante de mim, e estão chegando muitos projetos dos quais sou apaixonado e estou muito animado em compartilhar com o mundo.


MEN'S FOLIO: Por último, mas não menos importante, Last but not least, você já disse antes que qualquer interação ou atividade que você faz para SATURDAYSS parece um sonho eterno. Há algo que você queira dizer aos seus fãs neste momento?

JEFF SATUR: Sempre sejam felizes. Sim, alguns dias são difíceis e às vezes o mundo não é bonito como o que lemos nos nossos contos de fadas favoritos. Foque no que é bom e evite o que é ruim. Se cerque de boas pessoas. Nunca desista de você. Vocês são lindos, vocês são incríveis e vocês são vocês — e ninguém mais pode fazer o que vocês fazem. Nem mesmo eu posso fazer o que vocês fazem. Todo mundo tem algo único, que ninguém mais pode fazer. Aprecie e ame o que você faz. Siga seus sonhos e eu vou seguir o meu. Um dia vamos cantar juntos de novo.


Créditos Profissionais

FOTOGRAFIA

Chee Wei


DIREÇÃO CRIATIVA E ESTILIZAÇÃO

Izwan Abdullah


ENTREVISTA

Charmaine Tan


COORDENAÇÃO DE MODA E PRODUÇÃO

Manfred Lu


GROOMING

Rasika Thammasin


CABELO

Chattramongkol Klamsuk


ASSISTENTE DE ESTILISMO E PRODUÇÃO

Oey Ratchada


OUTFIT

Valentino


JÓIAS

Cartier


A edição de junho/julho de 2024 com Jeff Satur na capa está disponível nas principais bancas de jornal na Malásia. Para consultas sobre pedidos, por favor, visite este link.

 

Publicação original disponível no site da Men's Folio Malasia. Clique aqui.

A intenção da Saturdayss Brasil é apenas transmitir as informações para o público brasileiro. Nosso trabalho de tradução não deseja ferir nenhuma empresa. Inclusive, recomendamos sempre o consumo do conteúdo original. Obrigada.

 

TRADUÇÃO: EDUARDA

FORMATAÇÃO: RAFAELA

REVISÃO: RYAN

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Cantor, compositor, diretor e ator. Atualmente sobre os cuidados da gravadora tailandesa Wayfer e licenciado pela Warner Music Tailândia. Elabora seus projetos através do Studio On Satur, na qual é CEO e principal produtor.

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